Em minha vida pra lá de não sei quantos anos e desenganos passarinhando através dela passei.
Até esse mês de maio já escorreu por entre meses mais de quase centenas. Sem exagero beira quase o centenário. Um bairro dantes considerado de muitas residências onde moravam lavreanos endinheirados considerados gente abastada. E agora se transformou um lugarejo onde predominam repúblicas de estudantes ou matriculados na UflA e noutra universidade mais próxima.
E anos dantes onde encontrei minha identidade mais longeva. Já que em quatro deixei meus setenta comendo poeira pra trás.
Quando ainda residia naquela enorme casa à rua Padre Frederico Bangber 155. Que agora acolhe meninozinhos pequenininhos de crianças em pré escola. Que ainda irei deixá-la em testamentos aos que me sucederam. Naquela residência já tive incontáveis cães de todas as raças com ou sem pedigrees. De todos os tamanhos e de estatura pequenina como meu amor nasceu e tempos depois espichou e espero ainda não desaparecer e sim incendiar meu peito fazendo meu coraçãozinho de atleta hipertrofiar. Mas, durante os anos que ali permaneci por tempos que me escapam da memória. Não me recordo sem ter tido pássaros ou seus aparentados chamados calopsitas.
Já andando mais ao sul de nossa amada Lavras, onde morei por quase oito anos, no jardim dos fundos daquela casa por minha esposa Rosemirian edificada. Aprendi a apreender pássaros canoros de dois tipos principais. Não tive a curiosidade de ter curiós como meu amigo dono de hotel Zazá. Nem ao menos azulões e pintassilgos e nem ao menos sabiás laranjeiras ou parecido. Já tive alguns trinca ferros anilhados pois eram todos velhos conhecidos de uma entidade meritória fiscalizadora de pássaros cativos.
Eles tiveram vidas curtas em cativeiros e acabaram. Uma vez postos em liberdade uma vez que os percebi infelizes em suas espaçosas gaiolas.
E até hoje falta- me coragem de de novo caçá-los uma vez livres em seus hábitats e novamente intimá-los a voltarem a uma prisão sem que, ao menos terem cometido um delito inafiançável.
Já nesse domingo. Ao voltar, tanto da academia do Ltc. E de ter jogado uma partida de tênis comigo mesmo. Já que não tenho contendores valentes o bastante para me enfrentarem em dois ou três sets.
Ao passar pelo meio da avenida da praça central de nossa hospitaleira Lavras.
Deparei-me com um jovem embonezado tentando comercializar uma calopsita não sei se macho ou de outro sexo contrário.
A ele ofereci um Pix de sessenta reais. No que ele aceitou de pronto.
Levei pelas minhas mãos o passarinho de asinhas não avoantes numa caixinha de papelão até coloca-lo na mesma gaiola onde dantes morava e cantava solitário meu canarinho belga por mim nomeado de Vitinho.
Até no presente momento não sei o que vai ser da união daquele canarinho cantor e o recém adicionado na mesma casa de arames entremeados a outros iguais.
Vitinho canta como um Pavarotezinho sem terno de gala com aquela voz maviosa não sei se tenor ou pastor. Já a calopsita Zezinho apenas trina.
Oxalá eles se deem bem melhor que a minha cantora sertaneja predileta Marília Mendonca e suas parceiras novas conhecidas as irmãs que cantam em dupla pra mim inseparáveis Nayara e Maraísa.