Quem seria Paulo Rodarte? Um médico urologista que escreve com a mesma necessidade com que corre pelas estradas perto do seu ninho-cidade? Uma pessoa que, uma vez tendo aprendido a escrever, tomou pelas letras um aprecio tão forte que não mais pode viver sem o computador? Um andarilho confesso, que não tem pelo carro o mesmo amor que nutre pelas pernas fortes?
Uma outra pessoa em que se transformou, depois de passados os sessenta anos, livre dos plantões da medicina, ciência- missão pela qual ainda tem um carinho especial, considera-se, tomara seja a opinião dos que o cercam, gente, indivíduo melhor, de quando em Lavras chegou vindo das terras de Espanha? Um pai de dois filhos de muitas promessas reais, que, de sonhos abertos, sonha com netinhos a lerem seus livros, quem sabe um deles continue a mesma sanha escrevinhatícia do avô?
Paulo Expedito Rodarte de Abreu, de mãe Rodarte, pai Abreu, trouxe nos genes herdados talentos inerentes aos dois.
O autor de A Moça Alegre do Sorriso Triste tem motivos de sobra para se alegrar com tantos filhos-livros, um a cada ano, entra ano e sai outro, num estilo próprio, cada palavra criada, seja bem ou mal criada, faz parte tangente do seu âmago interior.
Antes era simplesmente cronista do cotidiano.
Agora foi além, vive a ficcionar o mesmo cotidiano, rico, lindo, basta saber enxergar com a ternura dos olhos sem viseiras.
Quem seria Paulo Rodarte? Todos esses amontoados deles, sou, simplesmente, eu…