Inadequações sexuais no homem, também conhecida por disfunção erétil e impotência sexual.
Assunto proibido no consultório da Urologia, na subespecialidade conhecida por Andrologia, hoje uma grande percentagem de consultantes já se abrem sobre o assunto.
A disfunção erétil é a incapacidade de obter-se uma ereção satisfatória a penetração do pênis na cavidade vaginal, bastante frequente nos dias de hoje, dado ao estresse, à vida atribulada, ao fumo, ao uso de drogas ilícitas, bem como outras doenças tipo da diabetes, que cada vez mais respondem pela impotência masculina.
Quando isso acontece em indivíduos jovens, sem causa predisponente, tais como: cirurgias na região pélvica, acidentes com traumatismo perto da região genital, lesões medulares, deve-se pensar em causas emocionais, ou psicogênicas. Não sem antes fazer um exame minucioso no queixoso de disfunção erétil, ao exame físico vislumbrando todo o aparelho genital, além da parte arterial, que pode ser mais bem vista por um exame de nome Doppler, feito no próprio consultório do especialista.
Quando o paciente apresenta idade maior deve-se lançar mão, em primeiro lugar, de exames laboratoriais, dosando-se a testosterona, a glicemia em jejum, o psa, a dosagem de hormônios da tireóide, além de exames gerais tais como o colesterol e afins, na intenção de elucidar uma possível diabetes, ou uma diminuição dos níveis de hormônios masculinos, como a testosterona e a prolactina.
A ejaculação prematura ou precoce é outro sintoma desagradável que traz jovens ao consultório do urologista. Nestes casos deve-se investigar o mais simples: a presença de fimose, que pode provocar sensibilidade exacerbada no portador e assim provocar uma ejaculação prematura. Não havendo fimose como causa e efeito passa-se a pesquisar as causas emocionais, fenômenos nos quais o especialista em urologia não tem boa vivência. Por esse motivo uma equipe multidisciplinar entra em cena, composta pelo sexólogo e outros que podem colaborar com o queixoso, fazendo com que a ejaculação dure o tempo certo para o amor ser pleno como lindo deve ser.
No tratamento da disfunção erétil existem várias drogas que podem melhorar a ereção, enrijecendo o pênis, permitindo a satisfação completa do casal a atingir o orgasmo pleno e contundente. Entre elas os derivados da Sildenafila, a pioneira nesse campo, cita-se o Viagra, a pílula azul do milagre que todos os homens conhecem. A duração do efeito do Viagra é em torno de quatro horas. A Vardenafila tem efeito maior, de oito horas, com quase os mesmos efeitos colaterais: calor na face, mal estar, tontura, e outros menores. Já a Tadalafila, como exemplo cito o Cialis, a ereção dura em torno de 36 horas, um final de semana exatos.
Mais recentemente lançaram a Tadalafila de uso contínuo, não sob demanda, como os outros.
Na dose de cinco miligramas ao dia, há os que preferem esse tipo de dosagem.
No caso das drogas falharem, como derradeira opção, inventaram as próteses penianas.
Podem ser de dois tipos. As flexíveis ou maleáveis, com dois bastões de silicone que envolvem duas hastes de prata, e as próteses infláveis, de custo mais elevado, que funcionam através de um mecanismo engenhoso – as duas hastes penianas são infladas e desinfladas graças ao produto armazenado em duas bolsas inseridas ao mesmo tempo da cirurgia dentro da bolsa escrotal.
No exame físico do paciente, portador de disfunção erétil, pode-se, ao examinar o pênis, diagnosticar a doença de Peyronie. Que se trata de uma placa fibrosa e dura inserida no corpo peniano, que dificulta o coito pela curvatura dolorosa que provoca. Esta patologia não tem tratamento adequado. É de bom alvitre esclarecer ao portador tudo sobre a doença, para que ele não complique ainda mais a sua cabeça já cansada de ouvir tanta besteira da boca de falsos profetas.
Quando você, jovem ou idoso, perceber algo de anormal no seu pênis, não acredite no que o doutor Google escrever. Procure um urologista e seja feliz. Se não para sempre até a próxima curva da esquina da vida…