Até onde? Até quando? Não sei

Quantas e quantas perguntas ficam sem resposta? Quantas indefinições me assaltam?

No dia de hoje, quatorze de janeiro, um mês que começou quase parado, ruas vazias, gente ao desabrigo, comércio quase as moscas, mês de muita chuva, mortes sendo anunciadas cada vez mais frequentes, quem sabe a vacina sirva de alento neste começo de ano, para que todos voltem a sorrir?

Espero, de coração a larga, que meus vaticínios sejam concretizados. Que a chuva caia mansa. No tempo certo. Que não cause mais mortes. Que as cidades se tornem lugares seguros. Onde se possa trabalhar em paz.

Até quando, de vez em quando me indago, estaremos à mercê de tanto sofrimento, com tantas pessoas inocentes perdendo a vida. Nos hospitais lotados. Pacientes a espera de atendimento. Apinhados como sacos num grande armazém.

Até quando, por vezes me questiono, neste pais tão rico, e ao mesmo tempo tão carente, ficaremos a mercê de políticos corruptos, gente que não merece a confiança que um dia foi depositada através de nosso voto.

Até onde, quantas perguntas me atormentam, ficaremos ao sabor da crise. Com os preços em alta. Como a renda cada vez mais apequenando-se.

Até quando vamos permitir, assistir a classe dominante ditando as regras, sem nada pudermos fazer para alterar o status quo.

Até quando iremos observar pedintes estendo as mãos pelas ruas, jovens fazendo malabares nos semáforos, a cata de esmolas, ao sabor da mendicância.

Até onde ficaremos a assistir, impávidos, a miséria campear como erva daninha, num jardim onde deveriam existir apenas flores.

Até quando estaremos, neste começo de ano em curso, a espera que tenha inicio as aulas, inadmissível ficarmos parados, escolas fechadas, estudantes sem a formação tão importante ao seu futuro incerto.

Até quando, outra vez me pergunto, ficaremos sem poder abraçar a quem amamos, com receio de sermos contaminados e passar a tal virose adiante.

Até onde, até quando, ficaremos nesta espera pela tal vacina salvadora. Será que ela vai ser em verdade o alento para tanto sofrimento? Ou apenas mais uma ilusão, mais um sonho desfeito.

Até nesta presente data não sei. Ignoro tantas coisas.

Bom seria se minha dúvidas fossem dirimidas. Quem sabe quando?

Até hoje não sei…

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